A Igreja Precisa falar sobre Estupro e Precisa Falar AGORA!

20:18:00





Os dados:

Um levantamento do Ipea, feito com base nos dados de 2011 do Sistema de Informações de Agravo de Notificação do Ministério da Saúde (Sinan), mostrou que 70% das vítimas de estupro no Brasil são crianças e adolescentes.

-Cerca de 15% dos estupros registrados no sistema do Ministério da Saúde envolveram dois ou mais agressores. "As consequências, em termos psicológicos, para esses garotos e garotas são devastadoras, uma vez que o processo de formação da autoestima - que se dá exatamente nessa fase - estará comprometido, ocasionando inúmeras vicissitudes nos relacionamentos sociais desses indivíduos", aponta a pesquisa.

-De acordo com os dados mais recentes, em 2014 o Brasil tinha um caso de estupro notificado a cada 11 minutos.

- Pesquisa realizada no ano passado pelo Datafolha, a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 84 municípios brasileiros com mais de 100 mil pessoas, revelou que 67% da população tem medo de ser vítima de agressão sexual. O percentual sobe para 90% entre mulheres. Entre homens, 42% temem ser estuprados.

- A mesma pesquisa do Ipea, citada anteriormente e feita a partir de dados de 2011 do Sinan, estima que no mínimo 527 mil pessoas são estupradas por ano no Brasil e que, destes casos, apenas 10% chegam ao conhecimento da polícia.

- Os registros do Sinan demonstram que 89% das vítimas são do sexo feminino e possuem, em geral, baixa escolaridade. Do total, 70% são crianças e adolescentes.

Fontes: http://www.bbc.com/portuguese/brasil-36401054
http://www.compromissoeatitude.org.br/wp-content/uploads/2014/03/IPEA_estupronobrasil_dadosdasaude_marco2014.pdf
http://www.compromissoeatitude.org.br/alguns-numeros-sobre-a-violencia-contra-as-mulheres-no-brasil/

2. A vítima.

Após incidente a vítima tem duas opções: denunciar o ocorrido e passar pelo processo legal, comunicando as forças policiais e aos seus pais ou esconder. O processo legal é longo e demorado, consiste em diversos depoimentos, exames e a lembrança de tudo o que ocorreu em todos os retornos até o médico. A opção de esconder é, fingir que nada aconteceu, ou pior, atribuir-se a si uma culpa que não lhe cabe carregar.

É estatisticamente comprovado que nossas vítimas têm escolhido a segunda opção, muitas vezes por vergonha, medo e culpa. Vergonha por terem sido vítimas de algo inescrupuloso e de uma maldade incomensurável; por medo da reação dos seus familiares, dos seus líderes, do que poderiam fazer com ela; por culpa e por pensar que poderia sim ter sido evitado e se aconteceu a culpa deve recair inteiramente sobre ele, afinal ele provocou isso de alguma forma.

E nossos jovens se encontram assim, sem amparo, com medo, culpados, carregando um fardo que eles não podem agüentar. Os que pedem ajuda, muitas vezes são julgados pela sociedade, os que escondem carregam marcas e traumas para a vida inteira.

3. A virgindade e a pureza.

Nós cristãos temos o sexo como a consumação perante Deus de nossa união. Devemos nos preservar virgens até o dia de nosso casamento. Porém, e quando a virgindade é usurpada? Quando a virgindade é brutalmente arrancada apenas pela maldade humana?

4. O Trauma.

Será possível após um trauma grotesco como esse retornar as atividades diárias? Passar pelo o caminho na qual a vítima foi abordada sem medo, andar pelas ruas sem medo, sair de casa. Será possível superar o trauma? Será possível retornar ao caminho, ao primeiro amor? Livrar-se da ‘culpa’ que se carrega e entender a sua condição de vítima.

5.A igreja

Como nós como igreja podemos auxiliar e cuidar de pessoas que passam por situações assim? Como auxiliar o retorno dos nossos irmãos ao caminho e fazê-los enxergar a Cruz? Olhar novamente para o monte e lembrar-se de que o nosso Deus é soberano.

Como a igreja de Cristo está preparada para acolher as vítimas da maldade humana?!

É através desses cinco pontos que venho alertá-los da urgência que nós, Igreja de Cristo, devemos ter em tratar a problemática do estupro; da urgência que temos em falar sobre isso e cuidar de nossos irmãos que passam por situações assim.

 Alertar-vos pretendo para que esse assunto não se esconda em gabinetes ou em reuniões isoladas em contextos específicos. Não. Alertar-vos para que esse assunto se torne rotineiro em nossas conversas dente nossos irmãos em Cristo e para que cada vez mais nós cristãos tenhamos mais consciência do que fazer e como agir em casos de violência sexual.
 O grande problema de fugirmos desse assunto é que o mundo oferece, no entanto, teorias que fingem acolher vítimas dessas atrocidades humanas e oferecer-lhes conforto, mas como estão no mundo e são do mundo, afastam nossos irmãos dos caminhos de Deus e podem até colocá-los contra a Igreja de Cristo.

A Igreja em seu papel de Igreja deve, e com urgência abranger esse assunto para que nossos jovens não sejam iludidos por vãs filosofias e que encontrem em Cristo a restauração que precisam em relação aos seus traumas, o conforto que precisam em noites escuras e a certeza de que nosso Deus é soberano e bom e de que nada sai do seu soberano controle.

A igreja deve lembrar nossos meninos e meninas que a culpa não é deles, que eles podem ser sim restaurados e curados por Deus e que não é vergonha que eles tenham passado por isso, a culpa não é deles.

A igreja deve acolhe-los e estar pronta para cuidar de todos eles.

Nós devemos cuidar dos nossos irmãos em Cristo que passam por essas atrocidades e eu venho por meio deste alertá-los e me colocar a disposição para auxiliá-los e glorificar o nome do nosso Deus. Nossos irmãos precisam, mais do que nunca, da nossa ajuda e nós devemos estar, mais do que nunca, dispostos a ajudá-los a enxergar a Cruz.

 A igreja deve mais do que nunca se preparar para acolher vítimas e não devemos tratar esse assunto como tabu desconsiderar sua existência. O abuso sexual está aí, somos vulneráveis, tanto homens como mulheres, e mais do que nunca devemos estar preparados para acolher e saber como agir nesses casos. 

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