E quando Deus não me ajuda a superar

23:50:00

Quando colocamos nossas vidas diante de Deus e propomos a cumprir todas as ordens que nos são dadas e ainda aceitar e glorificar a Deus em todas as situações nas quais estamos; corremos um risco muito grande. 

 Mas não um risco ruim. De fato. Entregar-se a Deus e a toda Sua soberana vontade é a melhor atitude que podemos tomar mediante a todas as outras atitude que o mundo e o secularismo pode propor-nos.

 O risco do qual me refiro é que a nossa vida seja margeada por dores e traumas insuperáveis e ainda a convivência diária de que se passamos ou sentimos qualquer coisa, tudo isso é para a glória de Deus; mas ainda que seja para a glória de Deus, não deixa de doer.
 Isso me remete à Davi, ele era um homem segundo o coração de Deus -apesar de todas as suas imoralidades perante Deus- e quando Davi perdeu seu filho depois de tanto buscar a Deus e a sua cura em jejuns, orações, cobrir-se de cinzas... E mediante a tantos esforços e a retirada de seu filho por Deus, Davi se levantou e ainda glorificou a Deus!
 Em meio a um luto incomensurável Davi conseguiu glorificar a Deus e exaltar seu nome como único e verdadeiro e usar da sua dor provocada pelo designo de Deus como um objeto de louvor. Pessoalmente, eu não imagino um terço da dor de Davi.

 No entanto, nós não estamos dispostos a sermos como Davi.

Quando sentimos qualquer dor, qualquer trauma, independente do seu tamanho recorremos imediatamente a cura de Deus e buscamos-a incessante e incansavelmente porque confiamos que Deus dará isso e jamais negará a cura das dores a um filho. No entanto, Deus não curou Davi da sua dor em relação ao seu filho por mais que isso tenha se tornado anseio da alma de Davi. E o que impediria Deus fazer o mesmo conosco?

 O Projeto Recomeçai sempre falamos como é possível recomeçar a caminhada e como podemos superar o trauma causado pelo abuso de alguma forma mas e quando Deus quer apenas que recomecemos nossa caminhada sem que, de fato, superemos as nossas dores? E quando Deus deseja que o nosso maior objeto de louvor a Ele seja nossa dor? Deus sendo Deus pode querer isso e pedir isso de nós.
 Portanto, queridos e amados irmãos, que sejamos como Davi; que estejamos com a cabeça e os joelhos no chão, humilhados, jejuando e orando incessantemente em prol das dores as quais sentimos e sujeitos a vontade de Deus perante nossas dores, seja que essa vontade seja pela nossa cura ou pela intensidade aumentada e que mesmo feridos nós possamos ser como Davi: lavar-nos e adorar a Deus por mais que a carne ainda esteja ferida.

Amém. 

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