Abuso Sexual

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Esse texto faz parte da série de textos de autoria do Projeto Recomeçai com o intuito de conscientizar cristãos, líderes e pastores sobre o assunto abuso sexual. Para consultar as fontes que foram usadas é só solicitar pelo comentário na postagem aqui mesmo no blog. 


 O abuso sexual não diz respeito somente ao estupro. Há atitudes menores que também qualificam o abuso sexual como:
  • Toda ação imposta com conotação sexual.
  •  Manipulação de menores para fins pornográficos.
  • Obrigar ao individuo a observar ações sexuais.
  •  Falar sobre temas obscenos.
  •  Mostrar ou tocar a genitália. 
  •  Penetração (estupro ou incesto)

     Porém, não sendo sempre necessariamente uma violação.

    O abuso sexual precisa ser tratado imediatamente porque não é raro que o indivíduo que tenha sofrido o abuso sexual se torne um abusador no futuro como uma resposta ao abuso que sofreu. Portanto, abusador e abusado devem ser tratados quando há a ocorrência de um abuso sexual.

     Das consequências que podemos citar -sendo elas físicas e/ou psicológicas- estão: isolamento, depressão, distúrbios alimentares, descontrole sexual, falta de interesse sexual, medo de estranhos ou conhecidos do mesmo sexo do abusador, irritabilidade, agressividade, transtornos de personalidade, transtornos psiquiátricos, esquizofrenia, bipolaridade, estresse pós-traumático, auto-mutilação,  suicídio. No entanto, em alguns casos essas consequências se desenvolvem ao longo da vida e não imediatamente e quanto mais tarde o tratamento é iniciado mais complicado se torna o processo de tratamento e cura.

      Não há uma estatística exata para os casos de abuso sexual porque muitas vezes as vítimas são coagidas a não denunciarem seus abusadores, principalmente quando pertencem a família; o abusador usa de manipulações e ameaças sobre crises familiares e usa também do afeto que a vítima possuí por ele para chantageá-la e manipula-la; muitas vezes usa também da pouca idade da vítima para desqualificar o seu discurso.

     É muito raro que crianças e adolescentes reconheçam o que está acontecendo e então procurem a ajuda de outro adulto. No entanto, na maioria das vezes quando vêem discursos sendo desqualificados -como citado acima- e seu abusador sendo um parente ou alguém que possuí extrema confiança da família, guardam segredo.

     Quando o abuso sexual é denunciado, muitas vezes o procedimento legal e psicológico é cruel com a vítima a tal ponto de ela mentir sobre a ocorrência do abuso para que parem de questiona-la sobre isso ou para se livrar de qualquer tipo de "culpa" ou "acusação" que é imposto sobre ela.


     O abuso sexual está em coisas simples e em gestos simples que pode parecer bobeira, uma brincadeira mas que deixa marcas para o resto da vida da vítima.
     Ninguém, independente do grau de parentesco, tem autoridade sobre o corpo de ninguém. Nem pai, nem mãe, nenhum tio ou primo.


     Tratar o abuso sexual como um tabu recursar-se a falar sobre ele é, sem dúvida nenhuma, estimular os abusadores a continuarem em seus atos ilícitos uma vez que esse tem a consciência de que nada vai ser feito contra ele e que nenhuma providência será tomada por parte da vítima porque ela não reconhece o que de fato está acontecendo e por muitas vezes se deixa levar pela manipulação e chantagem do seu abusador.

    Igreja, precisamos falar sobre abuso sexual.

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