Primeiros passos.
19:26:00
Esse artigo faz parte do projeto Recomeçai e tem como objetivo orientar a Igreja de Cristo como acolher as vítimas de abuso sexual.
Depois de confirmada a suspeita de abuso sexual é necessário pensar-se e repensar-se a forma de abordagem. Não existe uma "fórmula" ou um "guia prático" de como auxiliar pessoas nessas situações.
Cada abuso tem um grau de violência e um grau de impacto na vida de cada uma das vítimas. Não existe um padrão de comportamento em todos os casos. Algumas delas desenvolvem características imediatas e outras resguardam um tempo considerável até senti-lo.
No entanto o acompanhamento é necessário.
É preciso saber que esse trauma coloca em cheques questões fundamentais que nós cristãos temos, como:
Depois de confirmada a suspeita de abuso sexual é necessário pensar-se e repensar-se a forma de abordagem. Não existe uma "fórmula" ou um "guia prático" de como auxiliar pessoas nessas situações.
Cada abuso tem um grau de violência e um grau de impacto na vida de cada uma das vítimas. Não existe um padrão de comportamento em todos os casos. Algumas delas desenvolvem características imediatas e outras resguardam um tempo considerável até senti-lo.
No entanto o acompanhamento é necessário.
É preciso saber que esse trauma coloca em cheques questões fundamentais que nós cristãos temos, como:
- O amor de Deus sobre seus filhos.
- O bem que Deus quer aos seus filhos.
- O poder de Deus em afastar o mal daqueles que Ele ama.
- O "abandono' de Deus.
- A "falta" de cuidado de Deus.
- A "permissão" de Deus sobre esse fato.
Dentre várias outras questões fundamentais que temos firmadas na rocha que é Cristo. Quando observamos que a vítima questiona-se sobre questões tão "simples" é necessário redobrar a paciência e compreender que mediante a essa violência os olhos da vítima são cegos pela maldade humana.
Quando confrontados pela vítima acerca dessas questões devemos lembra-la pacientemente de todas as passagens em que o próprio Cristo relata esses fatos e como esses fatos devem ser lembrados em dias difíceis como aqueles.
Como dito, as reações são imprevisíveis mas boas doses de paciência e amor são fundamentais para lidar com essas questões e para amparar a vítima. Devemos responde-la através da Palavra e de atitudes. Não adianta porém dizermos a vítima que tudo o que se sucede é para o bem daqueles que amam ao Senhor se murmuramos muito quando coisas ruins nos acontecem, querendo ou não qualquer conselho seguido por exemplos ruins são desconsiderados potencialmente.
As atitudes dizem respeito também a ações de fato. É normal que algumas vítimas queiram se recluir em seus mundos fechados e evitem sair de casa, é uma característica muito comum no estresse pós-traumático mas essa fase não pode durar para sempre. A volta para a sociedade deve ser estimulada e sustentada pela Igreja. Visitas são fundamentais mas o espaço da vítima deve ser respeitado; mensagens de texto são bem-vindas também mas não deve-se forçar um apoio falso. É um ótimo momento para inclui-la em atividades em sua comunidade se ela aceitar participar. No entanto, se a Igreja ousar em dizer a essa vítima para sair de casa tem como obrigação estar lá para ela a todo o momento, recaídas devem e vão acontecer e não é raro se a vítima simplesmente começar a chorar e se desesperar em locais públicos, em momentos assim deve-se acompanha-la até um local calmo e bem iluminado e deixa-la chorar se ela quiser e ter sempre palavras de ânimo e acolhimento mas não clichês.
O estudo bíblico deve ser estimulado. O estudo bíblico é uma obrigação de todo o cristão mas nesse período de crise é necessário que ele seja estimulado ainda mais. Em alguns casos o maior conhecimento da Escritura ajuda no processo de fortalecimento da vítima e a ilumina ao processo de perdão e recomeço. Acompanha-la em EBD, palestras, seminários... será edificante para ela e para o seu acompanhante.
Se for o caso, tratamento psicológico não é pecado e deve ser sempre estimulado a vítima. Sempre. O conhecimento humano provém de Deus e não há mal algum que um cristão busque tratamento clínico para esse tipo de situação enquanto também recorre a Deus e aos irmãos.
Todos nós temos os nossos desertos, uns maiores e outros menores. Contudo, não precisamos e nem devemos estar sozinhos nesses momentos que são tão difíceis de enxergar a Cruz. O apoio é essencial mas a vítima pode querer se resguardar por algum período se essa for sua vontade.
No mais, respeite o tempo da vítima e dê o auxílio que ela necessitar independente do seu grau de parentesco ou intimidade, respeitando os limites da vítima e seu tempo. Sempre peça direção ao Espírito Santo e esteja disposto a servir como instrumento de Deus para a restauração do seu irmão em Cristo.
Que Deus seja com vocês!
Para casos específicos ou dúvidas nos contate! Teremos o prazer de ajuda-los.
Paz.
2 comentários
Meu mister e jurídico, entretanto, busco orientação espiritual quando me deparo com questões dessa natureza, confesso que não tenho nenhuma experiência nestas questões. Mas creio que na palavra divina, aliada a minha capacitação jurídica a serviço da Igreja de Cristo posso dar minha cota de serviços. Em nome do Senhor Jesus!!!
ResponderExcluirSim, é uma questão realmente complicada e urgente de ser tratada. Não só na área juridica que é de extrema importância mas também dentro da igreja que é o refugio para todos e inclusive para vítimas de abuso sexual.
ExcluirQue Deus continue te orientando e te capacitando.