Sobre o caso Patrícia Lélis

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Esse texto faz parte do Projeto Recomeçai e expressa a opinião de um dos nossos colaboradores sobre o caso Patrícia Lélis e o suposto apoio feminista. 

 Muito se tem falado sobre o caso Patrícia Lélis, textos, blogs, artigos... Cada dia o caso tem uma reviravolta diferente e uma especulação nova é formada. No entanto, o nosso propósito com essa opinião não é apoiar nenhum dos lados. Há 'n' maneiras de se provar um abuso sexual e também prints forjados. O processo está em mãos judiciais e cabe aos encarregados jurídicos darem o veredicto sobre esse caso.

O que devemos observar mais atentamente nesse caso e é o objetivo desse texto é o suposto apoio das feministas sobre esse caso.
 O feminismo atual pauta-se por um movimento coletivista que ignora as particularidades de cada mulher impondo-lhes práticas e posturas sem questiona-las ao menos se concordam com isso, travestindo-se de  "liberdade de escolha" mas escolha dentro das possibilidades que as feministas impõe. Muitos dos seus discursos vão em contrapartida à cosmovisão cristã e já falamos disso em um artigo passado.
 O grande problema do feminismo após a supressão de mulheres que despontam de seus ideais ou mulheres que simplesmente não se adequam ou adotam a postura feminista por suas razões particulares é o uso de histórias reais para defender seus ideais com um toque de manipulação e falsa misericórdia para com as mulheres. Com o caso da Patricia Lélis isso foi bem ilustrado pois as mesmas feministas que a apoiam pelo seu suposto abuso sexual são as mesmas feministas que brandam "nós contra eles" e "nós por nós" seguido de ofensas e contradições pelo fato de Patricia Lélis se dizer cristã o que só salienta o ponto de que essas pessoas não advogam pela liberdade de escolha da mulher e sim para a que as mulheres adotem as mesmas posturas que as delas. Partindo disso, gostaria de fazer algumas observações:

O feminismo por si só nunca ajudou nenhuma mulher a superar seu trauma causado por abuso sexual. 
 Sim! Jamais! Nunca na história!
 O feminismo que se fundamenta em textos de internet, vídeos de internet e sem ações práticas jamais ajudou alguém com seus traumas. Pode ter mergulhado algumas pessoas em suas mentiras e falsos moralismos e ideias falaciosas mas nunca ajudou ninguém a superar seu abuso sexual. Quem realmente ajuda a vítima são familiares e amigos próximos e poucos no mais, o feminismo não pode ajudar ninguém a superar seus traumas.
  O feminismo pode piorar o trauma e muitas vezes o faz. É muito comum encontramos feministas usando casos de outrem para fundamentar suas teses e suas teorias, repetindo milhares de vezes uma história que não lhes diz respeito e ignorando totalmente o fato de que a vítima assim como elas possuem acesso à internet e vê seus casos expostos por inúmeras pessoas e esse caso é utilizado para expressar opiniões que muitas vezes vão contra a opinião da própria vítima -quando elas realmente se preocupam com a opinião da vítima e não a silenciam por quererem fala mais alto que ela.-  Pessoas e histórias trágicas viram objeto de pauta politica e Isso é cruel e sádico.
 O abuso sexual é tratado como objeto de estudo, é banalizado e vinculado em todos os meios sociais possíveis sem ao menos pensar no dano psicológico da vítima ou suas opiniões sobre o assunto. Elas, igualmente aquele que cometeu o crime, apenas se vale da vítima e de sua história, usurpa algo e descarta o objeto. 
 Portanto, dizer que Patrícia Lélis tem se valido do feminismo para a sua recuperação -se for o caso de uma tentativa de estupro- é, no mínimo, desleal. O que tem sido feito por ela são textos e... (?). O que tem sido feito no caso de Patricia são posições políticas disfarçadas de apoio moral, cobras tem se enrolado em seu corpo afim de falsearem um apoio para sufoca-la dia após dia e enfim mata-la. 

 Absolutamente nenhuma zona é "zona de risco".
 
Acreditem! Eu já vi essas barbáries na internet quando se referem ao encontro dela com Feliciano. 
 Digo por experiência própria que encontros entre pastor e fieis são mais comuns do que se pensa e corriqueiros no trabalho pastoral. Lembro-me de aos 14 anos pegar ônibus e andar trechos a pé para conversar com meu pastor. Como eu só dispunha de horários pela manhã ou pela tarde os "gabinetes"  assim chamados eram nesses horários e durante a semana e quando eu ia ao encontro de meu pastor na época a igreja estava quase vazia e eu o acompanhava até a sua sala onde conversávamos por horas a fio. Não era uma zona de risco e eu não me coloquei naquele lugar pensando que em um possível abuso eu contaria com a ajuda das feministas. Não. O meu abuso sexual não foi em um gabinete pastoral muito menos em um suposto hotel. 
 Patricia agradeceu o apoio. De fato, sim agradeceu.  Contudo, o que não se foi atentado para esse fato é de que esse apoio surgiu juntamente com uma omissão da Igreja ou brandos de "é mentira" muito antes dos fatos serem apurados e do veredicto ser dado. O feminismo tem tido tanta influência no meio cristão e no mundo por causa dos próprios cristãos que preferem orar a posicionar-se sobre isso. Devemos orar sim, de fato, mas a omissão também é um partido.  Patricia agradeceu o apoio como todas as nossas meninas que sofrem abusos também agradecem simplesmente pela omissão da igreja nesses casos e pela falta de cuidado. 

 
 Por fim, o caso de Patrícia Lélis, se verdadeiro, não será o primeiro nem o último e Marco Feliciano não será nem o primeiro nem o último homem a tentar abusar sexualmente de uma mulher e muito menos o ultimo religioso ao fazê-lo. A denúncia é feita num ato de coragem e que pode acarretar consequências boas ou nem tão boas assim a vítima. O trauma existe e vai persistir junto a vítima até o final de sua vida, sempre ali presente. 

 O apoio para vítimas de abuso sexual não deve ser fotografado, postado, exibido. Vítimas de abuso sexual não devem ser exibidas e terem suas histórias repetidas diversas vezes.  Pessoas e histórias não são pautas políticas para serem usadas para defender um ideal. 

 Deixem-as em paz. 
 Nós cristãs não precisamos do apoio de vocês em absolutamente nada. Ele é por nós e não vocês.

Veja também: Como o Feminismo me Estuprou 

Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus.
Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita;
Para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente. (Mateus 6 1-4)

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